Arquitetura e meditação – Templos em São Paulo

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Arquitetura exuberante

 

A maior cidade do Brasil é também a mais ecumênica. Pelas ruas de São Paulo, encontram-se desde as mais antigas igrejas erguidas pelos jesuítas que passaram pela região séculos atrás até construções dedicadas a crenças que vêm do outro lado do mundo. A forte imigração japonesa e também a chegada de coreanos e chineses ao longo do século XX alimentaram a cultura arquitetura paulistana — e também o espírito.

O budismo hoje alcança bem mais gente do que apenas as colônias orientais. De acordo com o Censo de 2010, há cerca de 243 mil adeptos no Brasil. São 75 mil apenas em São Paulo. Na cidade, os templos atraem muita gente, parte pela prática religiosa, parte pela inconfundível beleza de sua arquitetura.

 

Zu Lai: cerimônias, cursos e meditação

Construído em uma área de 150 mil metros quadrados, o Templo Zu Lai apresenta características arquitetônicas chinesas, inspiradas nos palácios da Dinastia Tang. É um local de prática zen budista da ordem Fo Guang Shan, originária de Taiwan, e também funciona como centro cultural.

Aos fins de semana, é comum chegar ao templo e encontrar um leve congestionamento de carros na entrada. A estética oriental, a beleza dos jardins e o ambiente de tranquilidade atraem entre 25 e 35 mil visitantes por ano; há, inclusive, um restaurante de comida vegetariana para servir quem passa por lá. Durante a manhã, são realizadas as cerimônias religiosas abertas ao público. “Eu gosto muito de participar daquele momento sagrado. É tudo em chinês, mas dá para sentir o respeito e a harmonia”, diz Alvaro.

O movimento de gente no templo em Cotia é justificado também pelo grande número de cursos. Os mais famosos são os de meditação, mas há também aulas de pintura, tai chi chuan e kung fu, além de retiros espirituais de três dias.

 

Kinkaku-ji: silêncio e respeito aos mortos

Também de orientação zen budista, o Templo Kinkaku-ji só realiza cerimônias uma vez por mês, mas fica aberto à visitação de terça a domingo. Para chegar até ele, é preciso fazer uma pequena travessia, na qual há uma escadaria bastante íngreme, o que pode dificultar o acesso de pessoas com problemas de locomoção. A visita custa o valor simbólico de R$ 5.

Em frente a um belo lago, encontra-se o Kinkaku-ji. Trata-se de uma réplica do templo homônimo da cidade de Quioto, no Japão — o nome significa “pavilhão dourado”. “É uma oportunidade excelente de ter contato com a arquitetura oriental, que aproveita muito a natureza”, afirma Alvaro, sobre o estilo japonês da construção. Entre julho e agosto, o passeio fica ainda mais bonito: é a época de floração das cerejeiras.

Contudo, as dependências internas do templo ficam fechadas quando não há cerimônias. Ainda assim é possível passear pela área verde externa e observar os columbários feitos de mármore negro. Quando inaugurado, em 1976, o local foi planejado para guardar as cinzas e prestar homenagens aos antepassados.

 

Outros templos

Bem próximo ao Kinkaku-ji fica o Templo Enkoji (Rua Camarão, 220, Itapecerica da Serra; 11 97093-2499), onde há cerimônias pela manhã no segundo domingo de cada mês, e também atividades de meditação — dá para conhecer os dois templos na mesma viagem.

Em Cotia, também está localizado o Templo Odsal Ling (Rua dos Agrimensores, 1461, Cotia; 11 4703-4099), cuja tradição e arquitetura são do budismo tibetano. Geralmente, abre aos fins de semana, mas a organização pede que o visitante ligue antes para confirmar. Há práticas de meditação e oração budista.

Da tradição do budismo mahayana, de origem indiana, o Templo Kadampa (Av. Cláudio Giannini, 2035, Cabreúva; 19 99674-2508) tem cerimônias e visitas gratuitas aos fins de semana e também cursos de meditação e retiros espirituais.

Dentro dos limites da cidade, no bairro de Parelheiros, o Templo Quan-Inn (Rua Rio São Nicolau, s/n; 11 3228-7910) é um complexo de três construções, todas de tradição e arquitetura tibetana. O local é focado na prática religiosa: há pessoas fazendo preces nos oratórios e praticando rituais sagrados. Abre para visita aos domingos e não cobra entrada, mas doações são bem-vindas — são a única receita do local.

 

São Paulo possui inúmeras opções, tanto em sua arquitetura, quanto em atividades de cultura e lazer. Obrigado por acessar o Blog do Sr. SIPE!

Tenham todos uma excelente semana!!!

Boa viagem!

 

Fonte: Veja

 

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